sobre o parlamento dos jovens

De PAR em PAR Os olhares dos Presidentes da Assembleia da República

“Com o Parlamento dos Jovens, os estudantes deputados experimentam que, para concretizar uma ideia, têm de convencer os outros, explicar a bondade dos seus argumentos, têm de estar recetivos às críticas e, muito possivelmente, ceder nalguns aspetos que inicialmente idealizaram. Este diálogo para o compromisso é a essência do processo democrático e a forma de articular os vários interesses que se encontram em qualquer sociedade.” (2020)

“Hoje o Parlamento é mais Parlamento porque se sentam nas suas cadeiras os protagonistas do futuro.” (2012)

“(…) vamos continuar neste caminho, porque, para nós, a resposta dos jovens – que têm uma participação sempre crescente nesta iniciativa – é uma grande razão de confiança.” (2006)

“O Parlamento dos Jovens é uma feliz iniciativa, mantida ao longo do tempo, visando promover o interesse das novas gerações pelas questões políticas, que a toda a comunidade nacional dizem respeito. Em cada ano há movimentação nas escolas, em todo o nosso País, e depois o antigo Palácio das Cortes, em Lisboa, aparece rejuvenescido, invadido com alegria por tantas raparigas e tantos rapazes, cheios de ideias e de empenho pelo futuro de Portugal.”

“Creio que hoje, de repente, não sei por que milagre, a Assembleia da República rejuvenesceu e embora vocês, de cada vez que usam da palavra, pareçam mais idosos do que são, pela maturidade que revelam, a verdade é que também nós queremos hoje parecer mais jovens. Não é fácil, mas tentaremos.” (2000)

O programa Parlamento dos Jovens é uma iniciativa da Assembleia da República dirigida aos jovens dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, que culmina com a realização de duas Sessões Nacionais no Parlamento. A primeira sessão do Parlamento dos Jovens teve lugar em fevereiro de 1995, por iniciativa da então Deputada Julieta Sampaio. O Parlamento dos Jovens pretende estimular o gosto pela participação cívica e política nos jovens participantes, que assumem, a cada passo da iniciativa, o papel de jovens deputados.

São três as fases do programa: > na 1.ª Fase, as escolas inscritas debatem o tema proposto para cada edição, envolvendo um grande número de jovens no processo de eleição dos deputados à Sessão Escolar. Nesta, são eleitos os representantes da escola na Sessão Distrital e é votado o Projeto de Recomendação a defender; > na 2.ª Fase, os deputados eleitos por cada escola reúnem-se na Sessão Distrital/Regional para debater as diferentes propostas, votar o Projeto de Recomendação do círculo e eleger os deputados que representarão o círculo na Sessão Nacional; > na 3.ª Fase, os deputados dos 22 círculos do Continente, das Regiões Autónomas, da Europa e de Fora da Europa reúnem-se na Assembleia da República, nas Sessões Nacionais. Com os deputados, vêm também os jornalistas inscritos, cujas reportagens são candidatas ao Prémio Reportagem.

“Relembro 1995, nesta linda Sala do Senado, em que tinha à minha frente um grupo de jovens, vindos do Porto e de Lisboa, que olhavam tudo como um grande desafio. A Sessão começa, eles vestem o fato institucional e arrancam com a determinação a que outros deram seguimento. Foi um momento intensamente vivido. À Sala do Senado vieram Deputados, funcionários e jornalistas. E deputados de palmo e meio desafiavam o poder, debatiam, criticavam, decidiam. Estava dado o pontapé de saída para o futuro.”

“Não tenham medo de pedir a lua, porque o próprio da juventude é pedir o impossível. Não se conformem, não deixem que vos roubem a juventude, não deixem que vos roubem a vossa vida. Ousem a vossa vida, dancem a vossa vida.”

“Quando chegámos aqui, percebemos que estava na hora de nos revelarmos, e eu fiquei muito emocionada, com aquele espírito de que tínhamos conseguido. Nós eramos muitos e ver todos os alunos a participar neste projeto foi maravilhoso.”

“O nosso importante dever de contributo à comunidade é, indubitavelmente, inspirado em vós, neste Parlamento dos Jovens. Em boa verdade, este Parlamento dos Jovens, o vosso Parlamento dos Jovens, prova que a política, em sentido lato, faz verdadeiro sentido.”

“(…) só uma democracia madura e sólida lança o repto aos seus jovens para que estes possam opinar sobre temáticas que de forma direta ou indireta lhes dizem respeito e, assim, exerçam a cidadania nas suas diversas vertentes: enquanto princípio de legitimidade política, como construção identitária e como conjunto de valores. Não fosse este o nosso caso e não existiria o Parlamento dos Jovens.”

“Ser deputado por um dia é querer dar voz àquilo que queremos dizer como jovens, porque temos esse direito. O Parlamento dos Jovens é uma oportunidade de nos expressarmos enquanto jovens que somos.”

“O Parlamento dos Jovens é o reflexo de meses de esforço e dedicação, horas e horas de trabalho gratificante, que nos oferecem memórias inesquecíveis. Cresci muito com este projeto.”

“Foi uma experiência enriquecedora os alunos terem participado neste programa. Todos saem a ganhar e a sociedade fica a ganhar por ter jovens preparados para o futuro. É muito importante que este tipo de programas exista.”

“(…) estas iniciativas não só são merecedoras do nosso apoio como também são polos dinamizadores da escola e, por vezes, do próprio empenho renovado, quer de alunos quer de professores.”

“Fascinei-me de novo com a seriedade e determinação postas neste trabalho. Não é de todo despiciendo afirmar que cresceram cultural e intelectualmente e que o nosso tempo foi redobradamente recompensador. Podemos, portanto, concluir que estes projetos são cada vez mais importantes e acrescentam valor ao ensino, pela multiplicidade de papéis que fazem os seus “pequenos grandes” atores desempenhar, preparando-os para um futuro mais promissor porque menos desconhecido.”

“É louvável este trabalho desenvolvido pela Assembleia da República e deve continuar, pois permite uma maior aproximação dos estudantes com os representantes da nação e com todo o trabalho desenvolvido na Assembleia da República.”

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